segunda-feira, 29 de junho de 2009

Calendário de discussão por quadras:

25/06/2009 – Quadras 100, 200, 300 – Local: CEF 02 do Cruzeiro
26/06/2009 – Quadras 400, 500, 600, 700 – Local: C.Educ. 02
29/06/2009 – Quadras 800, 900, 1100, 1200 – Local: C.Educ. 02
30/06/2009 – Quadras 1300, 1400, 1500, 1600 – Local: C.Educ. 02

ARUC PEDE PASSAGEM

Registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal em fevereiro deste ano, a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (ARUC) é o maior símbolo da identidade cultural cruzeirense. No entanto, a instituição atravessa um grave problema nos últimos anos.

O Ministério Público entrou com uma ação em 2003, para que o GDF regularizasse a área onde funciona a ARUC, na Área Especial nº 08, no Cruzeiro Velho. Desde então, luta-se para não perder a sede. Entre 1981 e 2003, a área foi ocupada mediante um Termo de Cessão de Uso. Com a não-renovação da Concessão de Uso, por parte do GDF, alguma medida para a efetiva regularização tornou-se necessária.

A proposta mais recente é a de transformar a área em Vila Olímpica, o que permitiria à ARUC administrar o local e continuar com suas atividades. A licitação chegou a ser realizada, mas, diante do valor, o GDF recuou e uma nova licitação com valores mais modestos aguarda definição. Enquanto isso, a ARUC permanece impedida de arrecadar e acumula dívidas relativas à manutenção de sua sede.

A discussão da regularização da RA XI, junto à comunidade, é a oportunidade de resolver também esta questão. Uma história de 48 anos não pode ser perdida assim.

A LUTA FAZ A LEI

Nós, moradores do Cruzeiro, temos de mobilizar-nos, rapidamente, para resistir à ameaça governamental sobre a situação dos cercamentos dos nossos prédios e ante todos os aspectos urbanísticos que nos afligem. A população já conseguiu o comprometimento formal da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Audiência Pública, em defender os direitos adquiridos pelos moradores e de remeter ao Governador um projeto de lei, com participação popular. Assim, o GDF deverá assiná-lo e enviá-lo à Câmara, como de iniciativa do Poder Executivo, a fim de regularizar a situação em que se encontram todas as casas e prédios residenciais do Cruzeiro.

O recuo do GDF e a ação efetiva da Câmara Legislativa ocorrem porque a população do Cruzeiro se mobilizou. Esses avanços obtidos resultam da disposição dos cruzeirenses em persistir, com independência, na luta pela defesa dos seus direitos, pois temos certeza de que, se nos desmobilizarmos, os compromissos do Governo para conosco serão descumpridos. Contudo, ainda não se pode dizer que houve uma conquista; apenas após a promulgação da Lei reivindicada pela população, é que poderemos dar-nos por satisfeitos.

A dignidade inviolável da pessoa humana não coexiste com a violabilidade de suas residências e da segurança pública de seus habitantes. Um governo legitimamente eleito precisa não só ter consciência de que o solo urbano possui função social, mas também respeitar a quem erigiu obras e construiu grades de defesa dos blocos residenciais, acreditando no Estado que, outrora, as incentivava, como aconteceu quando da promulgação da Lei Distrital 1063/96, que legitimava a ocupação e o cercamento da área pública por parte dos moradores. O Cruzeiro e todas as cidades do DF merecem que o GDF lhes trate com o devido respeito.

Na Estrutural e na Arniqueira, o GDF empreitou, contra a população, uma derrubada de moradias, no mínimo brutal, visto que muitos dos moradores já pagam água, energia elétrica e outras taxas. O mesmo ocorreu em Brazlândia e na Colônia Agrícola Águas Claras. Na periferia do Guará II, em Vicente Pires, no Riacho Fundo II, no Núcleo Rural de Taguatinga e na Ceilândia, entre outras cidades, ocorrem autos de infração e de intimação demolitória.

O Movimento em Defesa do Cruzeiro se solidariza com os cidadãos residentes nas demais cidades do DF, na mobilização que levam a cabo pela manutenção intacta de suas casas e prédios residenciais.

Assim, dirigimo-nos a toda a população do DF para conclamá-la a que se solidarize com a nossa luta – que é a de todos sob os quais paira a ofensiva do GDF – e se mobilize em prol da defesa do interesse comum a todas as cidades do DF, pois só a união de todos poderá barrar o ataque aos nossos direitos adquiridos com sacrifício e trabalho.

EDITORIAL

Dia 23 de maio, ocorreu a primeira reunião dos moradores do Cruzeiro Novo, para discutir os diversos problemas de urbanização com que se defronta a cidade.

Infelizmente, a ação movida pelo Ministério Público para remover as grades que cercam os blocos residenciais foi vitoriosa no STJ, e somente um Projeto de Lei de iniciativa do Governador poderá regularizar o cercamento de nossos blocos residenciais, evitando, assim, que as grades sejam derrubadas.

No decorrer das últimas semanas, houve ampliação da Comissão de Mobilização do Movimento em Defesa do Cruzeiro, criado em outubro passado, a fim de aumentar a representação da comunidade. Por outro lado, definiu-se a junção do movimento do Cruzeiro Novo com o do Cruzeiro Velho, para que ganhemos em força e viabilizemos uma Lei, elaborada com a participação da população, para atender seus anseios de regularização urbana da XI Região Administrativa.

A saída dos moradores é mobilizarem-se em torno da defesa dos direitos adquiridos no decorrer desses anos todos, em prol da segurança de nossas famílias. Vamos nos unir como um só Cruzeiro para que o GDF ouça nossa voz. Dia 17 de junho, às 19h30m, vamos todos à assembleia de moradores no CED 02 (CIE) – na Quadra 805. Vamos construir coletivamente os meios de reivindicar a regularização urbana do Cruzeiro Novo.

HISTÓRICO DO CRUZEIRO

Foi entre 1958/59 que tivemos a construção de pequenos blocos de casas geminadas numa área encravada no Plano Piloto de Brasília. Era o Setor de Residências Econômicas Sul (SRES), projetado pela equipe de Lúcio Costa, e destinado a funcionários públicos, a maioria vinda do Rio de Janeiro.
A grande quantidade de aves típicas do cerrado ,sobrevoando as casas, logo rebatizou o setor: “Bairro do Gavião”. O nome definitivo – Cruzeiro – só viria depois, quando resolveu-se associar o nome da praça onde foi celebrada a primeira missa de Brasília.
A expansão do núcleo urbano veio a partir de 1967 com a construção de um conjunto de edifícios ao sul do Cruzeiro, aproveitando-se outro projeto de Lúcio Costa. Era o Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul (SHCES), caracterizado pela 4ª maior densidade demográfica do País, com 6,2 mil hab/km², segundo dados do IBGE, em 1996.
Em 1987, o Cruzeiro viu o então governador José Aparecido assinar os decretos para criação da administração regional, definição da área de circunscrição e a data oficial de fundação. Desde então, o Cruzeiro tem como data do seu aniversário o dia 30/11/1959.
Ao completar 50 anos em 2009, o Cruzeiro se mobiliza, em respeito à sua história, em defesa da qualidade de vida de seus moradores.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Blog do Movimento

Em reunião ocorrida hoje no Auditório do Centro Educacional 02 do Cruzeiro, foi proposta a criação deste blog como mais um meio de comunicação do movimento, e no qual serão divulgadas reuniões, assembléias e deliberações do movimento para conhecimento de nossa comunidade.
Sintam-se a vontade para comentar e sugerir.
Sejam bem-vindos!