quinta-feira, 30 de julho de 2009

Assembleias

ASSEMBLEIA DOS MORADORES DO CRUZEIRO VELHO
Dia 04 de agosto de 2009, a partir das 19h30 no Círculo Operário do Cruzeiro.
Pauta: Propostas da Comunidade e Proposta da SEDUMA

ASSEMBLEIA DOS MORADORES DO CRUZEIRO NOVO
Vamos analisar as propostas urbanísticas do Governo para o Cruzeiro Novo.
Dia 12 de agosto de 2009, Quarta-Feira, 19h30min no Auditório do Centro Educacional nº 2 (CIE) - Cruzeiro Novo (Quadra 805)

Resquícios autoritários interferem no diálogo entre o GDF e moradores

Tendo comparecido à assembléia do Cruzeiro Novo do dia 17 de junho, o secretário de ordem Pública Roberto Giffoni foi convidado para a assembléia do Cruzeiro Velho, no dia 22 de junho. Não compareceu, mas “ouviu uma gravação”, a qual foi feita sem a fineza de solicitar aos moradores. Disto resulta que o respeito que o GDF deve à comunidade se relativiza na demora em responder nossas demandas, na não resolução das pendências e nos métodos escusos de vigilância e obtenção de informações. Queremos lembrar que nossas reuniões são abertas a todos, autoridades e moradores, no entanto qualquer governo que se quer democrático deve abster-se de ações policialescas derivadas dos regimes de exceção.
Não bastasse o descaso do governo, foi editado um informativo do Conselho de Segurança do Cruzeiro taxando o Movimento de Defesa do Cruzeiro de “falsos defensores” que devem ser combatidos. O mais estranho é que usa sem autorização fotos pertencentes ao movimento e distorce os fatos relativos à assembléia do dia 17/06 no CED 02.
Recebemos denúncia do Sr. Augusto, morador do Cruzeiro Velho que foi autuado quando fazia reparos no telhado de sua casa para corrigir goteiras. Seu recurso foi negado e, segundo consta, há divergência entre os fatos e o descrito na autuação.

Membro do CONPLAN ouve Comissão

Recebemos no dia 13 de julho, na sede da CBTC, o Sr. Jorge Franciscone, arquiteto e membro do Conplan, que ouviu os membros da Comissão de Mobilização quanto às propostas da comunidade e se propõe a intermediar uma solução que supere os impasses de ordem urbanística e que fundamente a solução jurídica.
Quanto ao Iphan, o mesmo coloca que há uma disposição de reordenar o plano urbanístico de acordo com definições discutidas com a comunidade.
Como a SEDUMA indicou sua participação no processo, solicitamos a marcação de encontros com a comissão de elaboração do projeto urbanístico. Disto resultou a reunião do dia 23 de julho onde foi apresentada a proposta da SEDUMA.

PRESTAÇÃO DE CONTAS (01/05 a 13/07/2009) - Cruzeiro Velho

Slide 1
RECEITAS
R$
Saldo anterior
526,82
Contribuições antes da Assembléia de 22/06
100,00
Contribuições Assembléia de 22/06
505,00
Contribuições pós-Assembléias 22/06
110,00
Total arrecadado
1.241,82
DESPESAS

4000 cópias do 7º Boletim
280,00
1000 cópias da Carta a Brasília
70,00
Despesa com combustível
transporte de material p/ Assembléia
12,00
TOTAL despesas
362,00
SALDO (receitas – despesas)
879,82

Proposta elaborada pela SEDUMA

-Será permitido o cercamento de área pública mediante concessão de direito real de uso onerosa, segundo os seguintes critérios:
Ocupação Frontal:
-permitido o cercamento de até 6,0m a partir da divisa do lote;
-permitida a cobertura de até 50% da área pública cercada;
-proibida a construção de cômodos.
Ocupação de Fundos:
Permitido o cercamento, desde que mantida uma distância mínima de 2,0m da via de acesso;
Ocupação Lateral:
-não permitida;
Calçada pública:
-seja de frente, fundo ou lateral, deverá permanecer nivelada e livre de quaisquer obstáculos, conforme legislação de acessibilidade. Rampas de acesso de veículos aos lotes serão permitidas, desde que observados os preceitos constantes da Cartilha de Acessibilidade, desenvolvida por esta Secretaria.

Na próxima semana a Comissão de Mobilização participa de uma nova rodada de negociação, abordando aspectos específicos dessa proposta. O secretário sinalizou com a possibilidade de flexibilizar a questão dos becos, porém os outros pontos não foram mexidos. Cabe ressaltar que estamos longe de alcançar os pontos aprovados em assembléia e que muito temos que mobilizar para reverter mais este revés.

EDITORIAL - 8º Boletim do Cruzeiro Velho


Depois de 53 dias de protocolado pedido de reunião fomos recebidos na SEDUMA e brindados com uma proposição no mínimo desconectada da realidade histórica desta comunidade. Usando trechos da tese de mestrado da Arquiteta Beatrice Gonzaga, trechos do projeto original e vistoria fotográfica feita pelo próprio secretário Taniguchi, apresenta uma solução dispendiosa, de difícil manutenção, ao poder público e que, com certeza, desagradará um percentual muito elevado de moradores.
Mas expressa bem a vontade do governo em desgastar ainda mais a comunidade num debate interminável sobre o uso adequado do espaço público, modificado historicamente pela necessidade dos cidadãos e pelo abandono e omissão do próprio Estado.
Como já dissemos, a luta faz a lei, e não a vontade tecnocrática de obedecer princípios deslocados pela realidade e pelas circunstâncias que perduraram por décadas em nossa cidade.
Analise a proposta do governo, calcule seu prejuízo e venha debater com os demais moradores uma solução de consenso. A nossa resposta será a união dos moradores na Assembléia do dia 04 no Círculo Operário do Cruzeiro, a partir das 19h30.

CURIOSIDADES HISTÓRICAS

por Rafael Fernandes de Souza*

Uma das mais antigas cidades do DF, o Cruzeiro só é mais novo do que as seguintes cidades: Planaltina (1859), Brazlândia (1933), Candagolândia (1956), Núcleo Bandeirante (1956) e Taguatinga (1958).

As primeiras casas do Cruzeiro começaram a ser construídas em 1958, mas o ano considerado de efetivação é 1959. O Cruzeiro faz parte do plano-piloto criado por Lúcio Costa para Brasília e já estava previsto no relatório entregue à Comissão Julgadora da NOVACAP, como um setor residencial autônomo. Chegou a ser nomeado por “Vila Operária” com população prevista para 10 mil habitantes. Hoje, a população do Cruzeiro é de 40.932 habitantes, sendo 31.884 no Cruzeiro Novo e 9.048 no Cruzeiro Velho, conforme dados da CODEPLAN em 2004.

O Cruzeiro possui uma bandeira criada pelo Sr. Sebastião Menezes da Silva, vencedor de concurso promovido pelo Rotay Club em 1993. A bandeira é azul e ao centro apresenta o brasão da cidade: uma cruz estilizada com uma estrela em cada ponta, representando os quatro setores que compunham a Região Administrativa à época: Cruzeiro Velho e Novo, Sudoeste e Octogonal. Mesmo após o desmembramento da região em 2003, o símbolo se manteve, sendo consagrado pelo uso.

* Rafael Fernandes de Souza, é professor de História do C.Educ. 02 e do CEF 02 do Cruzeiro e membro da Comissão de Mobilização do Cruzeiro Novo.

EDITORIAL - 3º Boletim do Cruzeiro Novo

Reunidos com o Secretário Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Governo do Distrito Federal – SEDUMA-DF –, Cássio Taniguchi, na quinta-feira, 23 de julho, representantes do Movimento em Defesa do Cruzeiro foram conhecer as primeiras propostas do Governo para regularização dos bairros do Cruzeiro Novo e Velho.
Sabendo da urgência com relação à manutenção das grades do Cruzeiro Novo e das multas e derrubadas no Cruzeiro Velho, a Comissão apresentou uma proposta de Medida Emergencial Legislativa que regularizasse provisoriamente a situação de ambos os bairros até que Lei Complementar fosse elaborada pelo GDF, mas, infelizmente, foi rejeitada sob alegação de ser inconstitucional, fato rebatido pelos representantes dos moradores, pois medida emergencial é uma possibilidade consentida ao Poder Executivo, seja federal, estadual ou municipal.
Prosseguindo a reunião, embora fosse previsto falar dos dois bairros, a SEDUMA apresentou apenas propostas para o Cruzeiro Velho, as quais ainda não representam o desejo dos moradores. Com isso as negociações continuam.
Quanto ao Cruzeiro Novo, a questão mostrou-se mais delicada. Não foi apresentada nenhuma proposta, e um debate já ao final da reunião entre membros do Movimento e arquitetos da SEDUMA revelou que a questão das grades passará por muitas discussões ainda. Não vimos por parte do Governo do Distrito Federal uma disposição inicial em manter as grades, e, para tanto, apresentamos argumentos que corroboram o que já é realidade no Cruzeiro. O fato é que as grades permanecem sob ameaça, com o processo ainda aguardando uma decisão da Justiça, que pode não ser favorável. A solução permanece a mesma: a elaboração de um projeto de lei do Poder Executivo que regularize a situação, conforme prometido pelo governador José Roberto Arruda, no cada vez mais distante outubro de 2008.
A julgar pela reunião do dia 23, teremos de lutar muito ainda para convencer os arquitetos e políticos do governo quanto à importância de se manterem as grades. É preciso que todo morador do Cruzeiro Novo e Velho tome consciência da seriedade do assunto e junte-se ao Movimento em Defesa do Cruzeiro, pelos nossos direitos de cidadãos e de nossa segurança.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

CARTA DO CRUZEIRO A BRASÍLIA

No dia 13 de março deste ano, nós, moradores do Cruzeiro, fomos surpreendidos com ação intempestiva do Governo do Distrito Federal, que, por intermédio da AGEFIS-DF, autuou mais de uma centena de residências localizadas nos becos de passagem entre os blocos residenciais, com multas e ameaça de demolição. Mobilizando-se rapidamente para, de forma organizada, resistir a tamanha ameaça governamental sobre suas casas, a população tem conseguido vitórias parciais, como a paralisação da cobrança das multas, o comprometimento formal da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Audiência Pública, em defender os direitos adquiridos pelos moradores e de remeter ao Governador um projeto de Lei, com participação popular, para que ele assine e envie à CLDF, como de iniciativa do Poder Executivo, a fim de regularizar a situação em que se encontram todas as casas do Cruzeiro.

O recuo do Governo do Distrito Federal e a ação efetiva da Câmara Legislativa ocorrem porque a população do Cruzeiro se mobilizou. Esses avanços obtidos junto ao GDF resultam da disposição dos cruzeirenses em persistir, com independência, na luta pela defesa dos seus direitos, pois temos certeza de que, se nos desmobilizarmos, os compromissos do Governo para conosco serão descumpridos. A nossa força está no movimento e no grande número de pessoas que fazem parte dele. Contudo ainda não se pode dizer que houve uma conquista; apenas após a promulgação da Lei reivindicada pela população, e somente depois de vermos as multas anuladas, é que poderemos dar-nos por satisfeitos.

A dignidade inviolável da pessoa humana não coexiste com a violabilidade de suas residências, e um Governo legitimamente eleito precisa não só ter consciência de que o solo urbano possui função social, mas também respeitar a quem erigiu obras acreditando no Estado que, outrora, as incentivava, como aconteceu quando da promulgação da Lei Distrital 1063/96, que legitimava a ocupação da área pública por parte dos moradores no Cruzeiro. O Cruzeiro e todas as cidades do DF merecem que o Governo lhes trate com o devido respeito.

Na Arniqueira, o GDF empreitou, contra a população, uma derrubada de moradias, no mínimo brutal, pois que muitos dos moradores já pagam água, energia elétrica e mais outras taxas ao Governo. O mesmo ocorreu em Brazlândia e na Colônia Agrícola Águas Claras. Na periferia do Guará II, em Vicente Pires, no Riacho Fundo II, no Núcleo Rural de Taguatinga e na Ceilândia, ocorrem autos de infração e de intimação demolitória. Muitas outras são as situações demolitórias e de autuações infracionais em diversas cidades do DF. O Movimento dos Moradores do Cruzeiro também se solidariza com os cidadãos residentes nas demais cidades do Distrito Federal, na mobilização que levam a cabo pela manutenção intacta de suas casas. O fato de as ameaças de demolição somente terem-se concretizado onde a população não se mobilizou para evitar as derrubadas justifica a necessidade de mobilização de todas as cidades do DF.

Assim, dirigimo-nos a toda a população do Distrito Federal para conclamá-la a que se solidarize com a nossa luta – que é a de todos sob os quais paira a ofensiva do GDF – e se mobilize em prol da defesa do interesse comum a todas as cidades do DF, principalmente às que se situam nas áreas tombadas, pois só a união de todos poderá barrar o ataque aos nossos direitos adquiridos pela moradia que cada um de nós construiu com sacrifício e trabalho.

Cruzeiro-DF, 7 de maio de 2009

Movimento dos Moradores do Cruzeiro

Histórico do Movimento no Cruzeiro Velho

No dia 13 de março, uma sexta-feira treze, alguns moradores de beco do Cruzeiro Velho receberam uma intimação demolitória, que intimava os moradores a derrubarem parte de suas casas, situadas nas áreas ocupadas de becos. Receberam também outra autuação que determinava o pagamento de uma multa com um valor entre quinhentos e seiscentos reais.

Nos dias 14, 15 e 16 de março começaram a acontecer reuniões de moradores em diversas quadras, culminando em uma grande assembléia de moradores no dia 18 de março, com a participação de 225 moradores assinando a lista de presença, com a presença da Deputada Erika Kokay e do deputado Brunelli. Neste mesmo dia o governo fez uma reunião próxima à reunião de moradores, com a presença do Secretário de Obras Giffoni e do Administrador Regional João Roberto Castilho, também com uma presença boa de moradores. Na assembléia de moradores foi formada uma comissão de Mobilização do Movimento, composta de trinta e três pessoas representando todas as quadras. Esta Comissão se reuniu pela primeira vez no dia 19 de março e a partir daí já realizou mais nove reuniões, para organizar as assembléias, para encaminhar as deliberações das assembléias e para redigir os Boletins Informativos do Movimento. O primeiro Boletim foi distribuído no dia 21 de março e já está no quinto número. Também no dia 21 de março foi realizada uma reunião na casa do Sr. Praxedes, quadra 6, onde foram distribuídos recursos às autuações, elaborados por uma moradora da quadra 6 que é procuradora.

No dia 25 de março foi realizada uma Audiência Pública da Câmara Legislativa, no Cruzeiro Velho, coordenada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, com a presença dos deputados distritais Bispo Renato (PR), presidente da Comissão de Direitos Humanos, que parabenizou a comunidade do Cruzeiro por ter se organizado nos últimos dias para a conquista do direito de reverterem aquelas medidas, como também o governo por aceitar a negociação. "A Câmara Legislativa veio aqui para ouvir vocês", afirmou, destacando que além dos membros da Comissão vários outros deputados foram até o local apoiar os moradores. A deputada Erika Kokay (PT), vice-presidente da Comissão, ressaltou a "coragem" dos moradores do Cruzeiro ao enfrentarem as ameaças de demolição feitas pelo governo. Ao contestar Giffoni, afirmou que a Câmara Legislativa não abrirá mão de sua prerrogativa de apresentar emendas ao projeto encaminhado pelo governo. "Não podemos aceitar a supremacia de um poder sobre o outro", pregou. Também o deputado Raimundo Ribeiro (PSL) defendeu a legitimidade do movimento de resistência dos moradores do Cruzeiro. "Ninguém bota grades em suas residências porque quer". Disse ainda que aquela ação do governo Arruda estava "divorciada" do que ele pregou em sua campanha. A deputada Jaqueline Roriz (PSDB) manifestou sua solidariedade aos moradores e disse que no governo do seu pai, Joaquim Roriz, "não havia derrubadas". Também os distritais Paulo Tadeu (PT), Brunelli (DEM) e Rogério Ulysses (PSB) defenderam a necessidade de diálogo com os moradores e a regularização das ocupações, em definitivo.

No dia 01 de abril, aconteceu a 2ª Assembléia de moradores com a participação de 178 moradores assinando a lista de presença, foi feita a recomposição da Comissão de Mobilização.

No dia 03 de abril foi feita a entrega do abaixo-assinado com 1500 assinaturas, na sede do Governo do Distrito Federal, em Taguatinga. Hoje está sendo passado mais um abaixo assinado, agora conjuntamente com o Cruzeiro Novo.

Os moradores foram chamados à Câmara legislativa para estabelecer um grupo de trabalho com os assessores dos Deputados da Comissão de Direitos Humanos, para elaborar um Projeto de Lei que regularize e padronize as ocupações.

No dia 15 de abril foi realizada a 3ª Assembléia de moradores constituindo-se numa palestra técnica para instruir os moradores sobre os termos técnicos de uma regularização, com a presença do arquiteto Geraldo Nogueira e da arquiteta Tânia Battella, além da Procuradora Nely, residente no Cruzeiro Velho e dos advogados Alberico e Rosana. Nesta Assembléia foi aprovado o teor de uma Carta do Cruzeiro a Brasília e encaminhado para a Comissão de Mobilização fazer a redação e distribuição da carta.

Nos dias 22 a 29 de abril foram realizadas reuniões por quadra, para que os moradores fizessem suas propostas sobre a regularização das ocupações, culminando com a quarta Assembléia de Moradores no dia 05 de maio. Nesta Assembleia os moradores decidiram quais as melhores propostas a serem encaminhadas para o inicio da elaboração do projeto de lei que será feito pela Câmara Legislativa juntamente com os moradores. Foram realizadas mais duas assembléias, a quinta no dia 26 de maio e a sexta no dia 23 de junho.

No dia 07 de maio foi realizada a 10ª Reunião da Comissão de Mobilização, onde entre outros encaminhamentos foi discutida e definida a escrita da Carta a Brasília, e organizada a sua distribuição. Mais quatro reuniões da Comissão de mobilização do Cruzeiro Velho foram realizadas.

No dia 09 de maio começou a distribuição da Carta a Brasília.

No dia 12 de maio aconteceu uma conversa da Comissão de Moradores com o Secretário Cássio Taniguchi da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – Seduma, onde os moradores tinham uma expectativa de que seja estabelecido um grupo de trabalho, para um estudo de reurbanização do Cruzeiro. A conversa com o Secretário da Seduma aconteceu na data prevista, e o Secretário agendou uma visita ao Cruzeiro no dia 29 de maio, que foi cancelada. Ficamos sabendo que o Secretário visitou o Cruzeiro com os técnicos da Seduma no dia 25 de maio, tirando inclusive fotografias. No dia o1 de junho protocolamos um pedido de uma nova reunião, mas até hoje não fomos atendidos. O Secretário compareceu a uma assembleia do Cruzeiro Novo no dia 17 de junho, onde se concordou que fosse criada uma comissão do Cruzeiro Velho e Novo para se reunir com a comissão técnica que está elaborando o projeto de reurbanização do Cruzeiro. No dia 24 de junho telefonou para um dos membros da Comissão do Cruzeiro Velho, Sr. Salin Sidharta, informando que o projeto do Cruzeiro Valho estava em andamento e que no dia 01 de julho retornaria uma ligação para marcar uma reunião com os técnicos para conhecimento do projeto. No dia 2 de julho o assessor Patrício informou ao Sr. Salin que o projeto do Cruzeiro Velho está pronto e que marcaria a reunião, o que ainda não aconteceu. Hoje estamos aguardando conhecer este projeto que a Seduma elaborou, e tivemos a informação que o arquiteto Francisconi, que tem sido um orientador, foi designado pelo Secretário para acompanhar o projeto do Cruzeiro e que ele aceitou colaborar de maneira informal. Tivemos uma reunião marcada com o Sr. Francisconi no dia 13 de julho, no Cruzeiro, foi o inicio de uma retomada da conversa com a Seduma. Finalmente no dia 23 de julho aconteceu a reunião das Comissões de Mobilização do Movimento em Defesa do Cruzeiro, com a Seduma, onde foi apresentada uma proposta para a regularização das ocupações de área ública do Cruzeiro Velho.

As propostas trazidas das quadras e referendadas na assembleia do dia 5 de maio, foram trabalhadas pela Comissão de Mobilização e encaminhadas à Câmara Legislativa. O deputado Chico Leite encaminhou uma minuta de ante projeto baseada nas propostas dos moradores. Esta minuta também foi trabalhada pela comissão e levada de volta para a Câmara analisar. Estamos aguardando este retorno para encaminharmos para uma assembleia de moradores aprovar.

Já foram elaborados e distribuídos sete boletins do Cruzeiro Velho, e vamos distribuir o 8º esta semana.

ASSEMBLEIA DOS MORADORES DO CRUZEIRO VELHO

Dia 4 de agosto, terça feira, às 19 horas, em local a ser confirmado. Aguardem.

Onda de furtos no Sudoeste

Pelo menos 20 apartamentos do setor econômico foram alvo de arrombadores de janeiro até a metade de julho. Bandidos se aproveitam da falta de segurança nos prédios e só invadem quando não há ninguém em casa. Um dos suspeitos foi identificado

»GUILHERME GOULART, do Correio Braziliense (16/julho/2009)

Grupos de assaltantes especializados em arrombamentos descobriram o Sudoeste econômico. Os
prédios de três andares e sem porteiros, localizados em uma região onde a maioria dos moradores deixa os imóveis vazios ao longo do dia, tornaram-se alvo de bandidos desde o início do ano. Houve pelo menos 20 furtos entre janeiro e a metade de julho — uma média de três casos por mês —, segundo dados da Polícia Civil do Distrito Federal. Todos os ataques foram planejados
e executados sem violência e em horários em que os proprietários não estavam em casa.
Análises feitas por duas delegacias revelaram que as quadrilhas seguem padrões para cometer os assaltos na área. Atacam à tarde e optam por não invadir um apartamento sem antes se certificar de que está vazio. Tocam o interfone e dão preferência àqueles localizados no terceiro andar, pois o movimento no último piso tende a ser menor. “O que caracteriza o crime é a falta de porteiros 24h e a deficiência de equipamentos de segurança. Qualquer facilidade atrai”, disse o
delegado Kléber Luiz da Silva Júnior, da Delegacia de Repressão a Furtos (DRF).
Os furtos praticados no Sudoeste econômico estão registrados na 3ª Delegacia de Polícia, no Cruzeiro. Três casos ocorreram só na tarde de terça-feira. Dois na Quadra 6 e um na Quadra 7. Uma das vítimas, um servidor público de 36 anos, só soube do crime ao voltar para casa na manhã de ontem. Encontrou as marcas dos arrombamentos na porta dele e na da vizinha e um recado do síndico. Ficou até a tarde sem saber o que havia sido levado, pois dependia da chegada
da perícia. “Só sei que levaram minha bicicleta, que ficava na varanda. O jeito agora é juntar os moradores e colocar grades nas portas.” Outro furto recente ocorreu em 9 de julho, quinta-feira. Bandidos escolheram como alvo mais um bloco da Quadra 6. E invadiram outra vez dois apartamentos do terceiro andar. Arrombaram as portas com um pé de cabra. Passaram pela portaria provavelmente com a ajuda de um cartão de plástico. O imóvel de um casal de noivos acabou mais remexido do que o outro. Para eles, os assaltantes agiram à tarde. “Parece que foi por volta das 15h. A empregada do apartamento logo abaixo ao nosso ouviu barulho perto desse
horário”, afirmou a assessora de imprensa, de 28 anos, que preferiu o anonimato.
O noivo descobriu o arrombamento às 21h — os vizinhos moram em Unaí (MG). Havia saído de casa para trabalhar às 9h. Teve receio de entrar no local ao ver a porta arrebentada e chamou a polícia. Só com a chegada dos policiais pôde contar os prejuízos. Ficou sem filmadora, máquina fotográfica profissional, relógios, bebidas alcoólicas e R$ 450. Os ladrões vasculharam gavetas e armários. O casal registrou ocorrência na delegacia do Cruzeiro. E trocou as fechaduras da porta. Pensa ainda em investir em uma grade de metal. O prédio tem zelador, mas até às 17h.

Novo quartel
Para outro servidor público brasiliense, o furto do apartamento alugado também na Quadra 6 apareceu como principal motivo para trocar de endereço. Ele se mudou da área econômica do Sudoeste para a parte dos imóveis mais caros do bairro em junho, quando houve a invasão.
“Saí para trabalhar ao meio-dia. Às 16h, o zelador ligou para dizer que o apartamento tinha sido arrombado. Muito ruim essa sensação de ter as suas coisas vasculhadas. Acabei me mudando
por falta de segurança”, explicou o homem, de 31 anos, que também não quis se identificar.
Os bandidos fugiram com notebook, telefone celular, câmera fotográfica, pares de tênis e dinheiro. Furtaram aparelhos do tamanho de mochilas e sacolas.Televisões, home theater e qualquer aparelho maior e mais pesado ficam para trás, pois chamam a atenção. Assim como a maioria das vítimas do Sudoeste Econômico, o funcionário público morava no terceiro andar do bloco. O imóvel ficava sozinho a partir do horário do almoço. E não contava com grades de metal. A vítima registrou ocorrência na delegacia do Cruzeiro. O major Alfredo Luney Leite, comandante da 11ª Companhia de Polícia Militar Independente (Octogonal, Sudoeste e Cruzeiro),
acredita que a inauguração do quartel da unidade ajudará a diminuir as ocorrências na região.
A sede da companhia ficará na altura das quadras 2 e 3 a partir da primeira quinzena de agosto. Segundo ele, um dos suspeitos de atacar na região foi identificado como Idelsi Alves da Silva. Mas também há adolescentes envolvidos nos furtos. O presidente da Associação de Moradores da Octogonal e do Sudoeste, Jair Araújo, disse que os furtos na área econômica estarão na pauta da
próxima reunião.

Proteja-se
Alguns cuidados básicos podem ajudá-lo a evitar assaltos. Confira:
A falta de porteiros e de equipamentos de segurança nos prédios do Sudoeste Econômico atrai os
bandidos. Para evitar surpresas ao chegar em casa, coloque grades de metal na porta da frente.
Ou avalie com o condomínio a possibilidade de instalar câmeras de vídeo e alarme no edifício;
Ao entrar ou sair do prédio, verifique se a porta principal se fechou corretamente. É comum ela ficar entreaberta;
Criminosos também se identificam ao interfone como um vizinho que esqueceu as chaves de casa.
Só abra a porta após conferir se não se trata de um desconhecido;
Oriente crianças e funcionários a não abrir a porta principal do prédio a quem não conhecem;
Se constatar que ocorreu uma invasão em casa, evite tocar na porta ou nos objetos remexidos.
Impressões digitais podem fazer com que os assaltantes sejam identificados. Por conta de
um arrombamento, por exemplo, recaem sobre o ladrão acusações de furto qualificado. A pena é de dois a oito anos de prisão — o dobro da punição em relação ao furto simples;
Pelo mesmo motivo, só arrume a porta e a fechadura arrebentadas depois da visita da perícia técnica;
Chame a Polícia Militar. O número é 190. E registre ocorrência na 3ª DP.
Fonte: Polícia Civil do Distrito Federal

Abaixo-assinado

Conforme sugestão de moradores, trazemos o abaixo-assinado via internet, para que todos possam colaborar. Segue o link ao final, para sua assinatura.


Nós, moradores do Cruzeiro, abaixo assinados, requeremos a elaboração de um projeto de Lei com a participação desta comunidade para regularizar a situação urbanística da Região Administrativa XI, haja vista as questões já levantadas junto aos órgãos úblicos competentes quanto à situação das grades do Cruzeiro Novo, da necessidade de os lotes comerciais da Avenida das Mangueiras tornarem a ser áreas públicas de uso comum e da regularização da ocupação residencial das áreas públicas do Cruzeiro Velho. Queremos portanto, a solução definitiva para as questões urbanísticas referentes à nossa comunidade.

Reportagem do DF TV de 15 de abril de 2009.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Seduma e moradores do Cruzeiro discutem grades e becos





23/07/09
- A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal (Seduma) se reuniu nesta quinta-feira com representantes do Movimento em Defesa do Cruzeiro. Na pauta da reunião estava a permanência das grades no Cruzeiro Novo e as construções em becos do Cruzeiro Velho. Também participou da reunião um representante da Secretaria de Ordem Pública, Social e de Controle Interno do DF, Ricardo Teixeira.

O secretário da Seduma, Cássio Taniguchi, apresentou em power point um estudo de ocupação do Cruzeiro Velho. Nele foram apresentados os problemas de ocupação dos becos, cujas obras estão ameaçadas de demolição pelo governo, além da ocupação em áreas de frente e fundo dos lotes residenciais. Pela proposta do secretário, a parte lateral das casas não poderia ser construída. Após discussão entre os presentes, Taniguchi ofereceu a alternativa que permite colocar grades no local, desde que seja respeitada a largura do beco, que é de três metros.

Outro ponto abordado no encontro foram as grades nos pilotis do Cruzeiro Novo. De acordo com o Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), elas ferem o tombamento da cidade. Taniguchi lembrou que o caso das duas regiões é diferente. "A questão do Cruzeiro Velho será mais fácil de ser resolvida, enquanto que na questão do Cruzeiro Novo a situação é mais complicada, já que envolve o tombamento", disse.

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Iphan não aparece para discutir grades em prédios do Cruzeiro Novo

A comissão de moradores apresentou ao secretário uma minuta de Medida Provisória para regularização dessas questões, mas Taniguichi alegou que a proposição é inconstitucional e por isso não a levaria a diante. Os cruzeirenses têm pressa para resolver a situação. De acordo com o movimento, como 2010 é ano de eleições, nenhuma obra poderá ser realizada.

Supremo
Outro medo dos representantes é a possibilidade do secretário da Seduma se ausentar do cargo para se candidatar. Esta suposição não foi confirmada pelo próprio Taniguchi. Eles também temem que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) saia antes de uma efetiva solução do governo local.

A batalha judicial está no STF e teve sua primeira decisão em 15 de outubro de 2008. A relatora do processo, ministra Eliana Calmon, votou contra a retirada das grades, por considerar que elas não ofendem a arquitetura e o urbanismo da cidade. Mas os ministros Mauro Campbell Marques e Herman Benjamin votaram a favor da retirada das grades. O processo está em fase de recurso e sob análise do ministro Benjamin desde 6 de março de 2009.

O representante da Secretaria de Ordem Pública, Ricardo Teixeira, disse que a retirada das grades não deverá acontecer. "Enquanto estiver em negociação, não haverá ação [retirada das grades]. Mas se o STF determinar, nós teremos que cumprir", explica.

Fonte: Lugar Certo (Correio Braziliense)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

PROPOSTAS DE TODOS OS CONJUNTOS DE QUADRAS DO CRUZEIRO NOVO

I
  • Manter as grades que cercam os prédios.
  • Permitir a existência de garagens no interior do perímetro do cercamento dos prédios pelas grades.
  • Padronizar a cor das grades de cercamento dos prédios, utilizando, preferencialmente cor clara para melhor visualização noturna.
  • Manter como estão as grades de cercamento do prédio onde houver área verde cuidada pelo condomínio entre o bloco residencial e o passeio.
  • Proteger com as grades de cercamento dos prédios as caixas de gordura, água e esgoto, exceto a caixa de pressurização do Corpo de Bombeiros.

II
  • Permitir as grades de proteção nas janelas dos apartamentos

III
  • Fechar as entradas das galerias comerciais com portões de grade que se tranquem, à noite, após o fim do expediente.
  • Retirar as grades de segurança que impedem a livre circulação de pessoas nas galerias comerciais.

IV
  • Instituir coleta seletiva de lixo no Cruzeiro Novo.
  • Instituir a obrigatoriedade de lixeiras colocadas a cada dois quarteirões.

V
  • Instituir acessibilidade para a circulação de pedestres.
  • Instalar rampas para facilitar o acesso dos cadeirantes e carrinhos de bebê no Cruzeiro.
  • Adequar os becos dos prédios aos limites necessários à circulação de pedestres.
  • Implantar calçadas para pedestres em torno de todos os blocos.
  • Replanejar os cruzamentos em que haja pouca visibilidade para os motoristas e pedestres.
  • Planejar e instituir um circuito inteligente no interior do Cruzeiro Novo.

VI
  • Retirar o excesso ocioso de calçamento existente para aumentar o espaço de estacionamentos onde houver necessidade.

VII
  • Estabelecer fiação subterrânea.
  • Substituir a rede aérea de TV a cabo e telefone por rede subterrânea.
VIII
  • Criar um plano de preservação das áreas verdes do Cruzeiro.
  • Criar mais áreas verdes.
  • Conservar as áreas verdes existentes.
  • Revitalizar as áreas verdes abandonadas do Cruzeiro Novo.

IX
  • Permitir a construção de salão social entre os pilotis dos blocos residenciais.

X
  • Reprojetar a canalização das águas pluviais das quadras para eliminar as infiltrações de águas das chuvas nas paredes térreas e no alicerce dos blocos residenciais, com visíveis mofos.

XI
  • Revitalizar as quadras de esportes já existentes no Cruzeiro Novo.
  • Criar mais quadras poliesportivas e mais áreas de lazer.
  • Aumentar a quantidade de áreas destinadas à prática de exercícios físicos.

XII
  • Criar quebra-molas nas saídas dos estacionamentos dos blocos, onde tal exigência se fizer necessária.
  • Reprogramar a localização dos quebra-molas, eliminando os excessos.
  • Impedir quebra-molas que possuam dimensões destrutivas para a suspensão dos carros.
  • Criar quebra-molas onde for necessário para conter a velocidade excessiva de veículos.

XIII
  • Mudar a entrada e a saída das quadras que coincidirem com a caixa de força a atrapalhar o livre trânsito de veículos.
  • Não permitir que as bocas-de-lobo e as caixas de telefone obstaculizem o trânsito automobilístico.
  • Recuar as caixas da CAESB e CEB com elevação exagerada e que invadem as pistas.

XIV
  • Criar infra-estrutura nas áreas dos quiosques que foram demolidos a fim de não permitir o acúmulo de dejetos.
  • Fiscalizar os quiosques, para impedir que ultrapassem as dimensões legais estabelecidas.
  • Padronizar o material de que são construídos os quiosques.
  • Redistribuir a localização dos quiosques.
  • Instituir no Cruzeiro Novo um local específico para lava-a-jato.

XV
  • Criar jardins e praças públicas.
  • Criar mais bancos para idosos, crianças e jovens nas áreas públicas
  • Implantar iluminação pública em todos os setores de todas as quadras.
  • Criar parquinhos infantis nas adjacências das quadras a fim de humanizá-las.

XVI
  • Afetar os lotes comerciais da Avenida das Mangueiras para que voltem a ser área pública de uso comum.
  • Afetar a área pública que foi doada para a construção de uma igreja na quadra 605 (Salão do Reino das Testemunhas de Jeová), a fim de que ela volte a ser área pública de uso comum.

XVII
  • Instalar câmeras de segurança no Cruzeiro Novo, com comunicação direta com a 3ª DP, para monitorar a manutenção da integridade do patrimônio público.

XVIII
  • Eliminar os “pirulitos” ainda existentes, pois o odor dos animais falecidos atirados ali dentro espalha-se pela vizinhança, além de a queima de papéis em seu interior poder causar incêndios.

XIX
  • Impedir a existência de desnível no asfalto em cruzamentos de vias.
  • Asfaltar as ruas em frente a todos os blocos.
  • Eliminar o desalinhamento lateral das ruas.
  • Manter o alinhamento dos meios-fios.

XX
  • Reprojetar os abrigos das paradas de ônibus de forma a que protejam, efetivamente, os cidadãos da chuva.
  • Criar abrigo em todas as paradas de ônibus do Cruzeiro Novo.

Novas propostas votadas na Assembleia
  • Construir estacionamento de carros em área pública em bloco onde não houver vagas disponíveis.
  • Melhorar a sinalização nos cruzamentos de trânsito.
  • Criar pista de desaceleração onde não existir.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CRUZEIRO NOVO - JUSTIÇA QUER TIRAR A SEGURANÇA

Reportagem de .

Assembleia do dia 14/07

A Assembleia dos moradores foi muito positiva, pois na ocasião foram votadas as propostas apresentadas nas reuniões por conjuntos de quadras, e dados os encaminhamentos necessários para continuidade do movimento. Em breve traremos mais informações. Na ocaisão esteve presente o deputado distrital Chico Leite.

Iphan não aparece para discutir grades em prédios do Cruzeiro Novo


Lugar Certo - CorreioWeb

Os moradores votaram as várias propostas para tentar convencer o Iphan a autorizar o uso das grades em volta dos prédios sem que isso configure uma agressão ao tombamento histórico e cultural da cidade

15/07/09 - O impasse envolvendo a segurança nos prédios no Cruzeiro Novo vai continuar. O principal órgão envolvido na discussão não apareceu no encontro realizado no Centro Educacional 2 do Cruzeiro Novo, na noite desta terça-feira (14/7). Para discutir alternativas que permitissem o uso das grades ao longo de cada edifício, os moradores do bairro aguardavam a presença do superintendente do Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal, Alfredo Gastal.

Sem a presença do Iphan, o clima de frustração era visível entre os moradores que compareceram à reunião com esperança de sensibilizar o órgão. O Movimento em Defesa do Cruzeiro, uma comissão criada especialmente para tratar das questões de interesse dos moradores, passou então a acolher, debater e listar propostas. Um dos principais aliados e também defensor das grades nos prédios, deputado distrital Chico Leite (PT/DF), participou da reunião e orientou o movimento sobre o que pode ser feito a partir de agora.

Desta forma, os moradores votaram as várias propostas para tentar convencer o Iphan a autorizar o uso das grades em volta dos prédios sem que isso configure uma agressão ao tombamento histórico e cultural da cidade. "O mais importante agora é tentar resolver a questão também por meio do Executivo, pois qualquer tentativa no âmbito Legislativo demanda de um maior tempo para discussão e apreciação", explicou Chico Leite. Assim, os moradores decidiram que vão levar as propostas ao governador José Roberto Arruda. Além disso, vão encaminhar as sugestões ao Iphan e tentarão buscar apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas comissões competentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.


Entenda o caso

O Iphan, por intermédio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deu início à batalha judicial (processo REsp 840918). Em outubro de 2008, o STJ julgou pela retirada das grades dos prédios. O GDF decidiu recorrer da decisão. O caso pode parar na mais alta Corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o Iphan, o Cruzeiro faz parte da área tombada de Brasília e deveria seguir o plano de Lúcio Costa. O urbanista queria os pilotis livres para a circulação de pedestres embaixo dos prédios residenciais.

O assunto foi julgado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que, em primeira instância, deu ganho ao órgão de preservação. O GDF recorreu e os desembargadores do TJDFT decidiram pela manutenção do cercamento. Então, o governo entrou com apelação no STF.

Em abaixo assinado, o Movimento em Defesa do Cruzeiro conseguiu cerca de duas mil assinaturas, no qual a população do local se dirigia ao governador José Roberto Arruda para a elaboração de uma Lei que regularize a situação urbanística.

Os moradores defendem que as grades preservam a integridade e dá mais segurança aos moradores. Mas há quem defenda que segurança é um dever do Estado e não justificaria a proteção extra. Em outubro de 2008, o governador se reuniu com o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal, para discutir a situação das grades do Cruzeiro.

Fonte: http://noticias.lugarcerto.com.br/imoveis_correiobraziliense/template_interna_noticias,id_noticias=31033&id_sessoes=198/template_interna_noticias.shtml

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Reunião vai definir propostas para grades residenciais do Cruzeiro Novo

Redação - Lugar Certo

Para o Iphan, o Cruzeiro faz parte da área tombada de Brasília e deveria seguir o plano de Lucio Costa

12/07/09
- O Movimento em Defesa do Cruzeiro vai realizar na próxima terça-feira (14/7), às 19h30, no auditório do Centro Educacional nº 2 do Cruzeiro (quadra 805), assembléia com os moradores do Cruzeiro Novo para debater a legalização das grades de segurança e propor soluções urbanísticas para a região. As grades nos pilotis dos prédios residenciais são motivo de discórdia há 15 anos. De acordo com o Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as grades ferem o tombamento do Plano Piloto.

O Iphan por intermédio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deu início à batalha judicial (processo REsp 840918). Em outubro de 2008, o STJ julgou pela retirada das grades dos prédios. O GDF decidiu recorrer da decisão. O caso pode parar na mais alta Corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o Iphan, o Cruzeiro faz parte da área tombada de Brasília e deveria seguir o plano de Lucio Costa. O urbanista queria os pilotis livres para a circulação de pedestres embaixo dos prédios residenciais.

O assunto foi julgado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que, em primeira instância, deu ganho ao órgão de preservação. O GDF recorreu e os desembargadores do TJDFT decidiram pela manutenção do cercamento. Então, o governo entrou com apelação no STF.

Agora, o governo quer elaborar um Projeto de Lei para aprovação na Câmara Legislativa que encerre o embate. Em abaixo assinado, o Movimento em Defesa do Cruzeiro conseguiu cerca de duas mil assinaturas, no qual a população do local se dirigia ao governador José Roberto Arruda para a elaboração de uma Lei que regularize a situação urbanística.

Os moradores defendem que as grades preservam a integridade e dá mais segurança aos moradores. Mas há quem defenda que segurança é um dever do Estado e não justificaria a proteção extra. Em outubro de 2008, o governador se reuniu com o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal, para discutir a situação das grades do Cruzeiro.

�Pedi ao Iphan que faça um parecer favorável à permanência das grades no local para que possamos fazer um projeto de lei a ser votado na Câmara Legislativa. Pedi isso porque a realidade daquela região não é a mesma do Plano Piloto. Trata-se de uma questão de segurança, até das próprias crianças que ficam embaixo dos prédios, visto que as ruas ficam a poucos metros dos pilotis, o que não ocorre no Plano Piloto�, defendeu Arruda.

Porém na época, o Iphan moveu uma ação civil pública no STJ. A reportagem do Lugar Certo entrou em contato com a assessoria do instituto, mas foi informada que o superintendente estava viajando e só responderia quando retornasse. Até o fechamento da matéria, a assessoria não havia retornado com uma posição de quando poderia conversar com o órgão.

Tombamento
Brasília é tombada como patrimônio histórico mundial pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). A capital federal foi incluída na lista do comitê mundial da entidade em 1987. No mesmo ano, o Governo do Distrito Federal baixou um decreto para regulamentar o tombamento.

Em 1990, o governo federal também sancionou uma lei para definir as escalas urbanísticas do tombamento: monumental, residencial, gregária e bucólica. A área de preservação de Brasília tem cerca de 112km² e é delimitada a leste pela orla do lago Paranoá, a oeste pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), ao sul pelo córrego Vicente Pires e ao norte pelo córrego Bananal.

Fonte: http://noticias.lugarcerto.com.br/imoveis_correiobraziliense/template_interna_noticias,id_noticias=30986&id_sessoes=198/template_interna_noticias.shtml

domingo, 5 de julho de 2009

ASSEMBLEIA DOS MORADORES DO CRUZEIRO NOVO

Vamos votar as propostas urbanísticas do Cruzeiro Novo que serão levadas às autoridades do GDF.

Dia: 14 de julho de 2009 - Terça-Feira, 19h30min

Auditório do Centro Educacional nº 2 (CIE) - Cruzeiro Novo (Quadra 805)

COMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO

Aildson Duarte 605, Celso Rodrigues 1109, Daniel de Abreu 107, Deusani Noleto 711, Edemir de Medeiros 501, Edson Menezes 305, Evaldo Bezerra 105, Francisco Pires 705, Hudson Cunha 106, Ismar Magno 1105, Joaquim Marinho 207, Lúcia 305, Luís Patrício da Costa (LPC) 305, Olímpia Soares 1205,Petronília Fialho 305, Rafael Fernandes 1409, Rosa de Lima 1307, Salin Siddartha 1113, Vítor Corrêa 107, Wanderson Carvalho 1109 e Wellington Raw 605.

COORDENADORES DA COMISSÃO:
Salin Siddartha – 8141-9902
Vítor Corrêa – 8448-5818
Wanderson – 8405-0681

SUBCOMISSÃO DO BOLETIM:
Salin Siddartha – 8141-9902
Rafael – 8484-7067
Vítor Corrêa – 8448-5818

SUBCOMISSÃO DE FINANÇAS
Celso Rodrigues – 3234-0091
Rosa de Lima – 9945-7543

ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO

O site da Administração Regional do Cruzeiro, no dia 19 de junho, publicou matéria a respeito de nossa assembleia do último dia 17, que merecem os devidos esclarecimentos.
A Assembleia foi convocada pela Comissão de Mobilização do Movimento em Defesa do Cruzeiro para que os moradores do Cruzeiro Novo se manifestassem, não só no que diz respeito às grades, mas também com relação às questões urbanísticas de nossa cidade. Foi a segunda assembleia realizada no Cruzeiro Novo, este ano, com o intuito de se implantar a mesma sistemática adotada no Cruzeiro Velho (cujo processo está mais adiantado), a fim de que a comunidade se faça ouvir na busca das soluções que interessam a nós, moradores.
Causou surpresa ao Movimento a vinda à assembleia de dois Secretários de Estado e do Administrador Regional do Cruzeiro, pois eles não haviam sido convidados para aquele evento da população. Mas, enfim, estiveram presentes no Auditório do Centro Educacional 02 do Cruzeiro, e foram muito bem recebidos pela Mesa coordenadora da assembleia dos moradores, os Secretários Cássio Taniguchi (Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente) e Roberto Giffone (Ordem Pública e Social), além do Administrador Regional do Cruzeiro, José Roberto Castilho, e do Presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do DF, Odilon Aires.
Obviamente, até mesmo por questão de educação, as autoridades foram convidadas a compor a Mesa diretora dos trabalhos. A assembleia, porém, tinha como pauta encaminhar as primeiras propostas e organizar um calendário de debates por quadras, para que fossem levantadas as demandas da população.
Havia um consenso quanto à manutenção das grades, mas, diferente do que falou o Administrador Regional, José Roberto Castilho, a população não pode dormir tranquila não. A questão das grades e outros itens só poderão ser considerados resolvidos com o projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo pronto e aprovado. A simples fala do Governador ou de seus Secretários de Estado não tranquiliza ninguém. Apenas a lei aprovada em definitivo tem poder para isso, e queremos participar da elaboração dela, conforme acordado durante aquela assembleia.
A presença das autoridades naquele momento mostrou-se prematura. Estamos ainda em fase inicial dos trabalhos, e somente com a sistematização das propostas por parte dos moradores é que podemos apresentar nossas reivindicações às autoridades legitimamente constituídas.
Cumpre esclarecer, também, que este movimento não é partidário nem eleitoral, portanto não pertence a nenhum partido, candidatos ou a atuais ocupantes de cargos públicos, sejam eles do Governo ou da oposição. Somos todos cruzeirenses preocupados em manter a qualidade de vida de nossa comunidade.

HISTÓRICO DO CRUZEIRO

Com a criação do SHCES, os moradores pegaram carona na mudança do padrão monetário brasileiro ocorrido em 1967, e o setor foi apelidado tal qual a nova moeda: Cruzeiro Novo. Com isso, o Cruzeiro original ficou sendo conhecido como Cruzeiro Velho.

Criada em 1987, a Região Administrativa do Cruzeiro (RA-XI) era formada pelo Cruzeiro Novo, Cruzeiro Velho, Octogonal e Sudoeste. Contudo, em 2003, a região foi desmembrada e os dois últimos formaram a RA XXII. Hoje, a Administração do Cruzeiro engloba apenas os dois primeiros bairros, formando uma das menores regiões administrativas do DF, com 2,80km².

O Cruzeiro já teve um time campeão de futebol em Brasília. Foi no distante ano de 1963, quando a Associação Esportiva Cruzeiro do Sul sagrou-se campeã e classificou-se para a Taça Brasil no ano seguinte. Naquela época, o campeonato ainda era amador. Outro time nosso só disputaria o campeonato metropolitano na fase profissional em 2000, quando a ARUC foi vice-campeã da divisão de acesso. Hoje a cidade é representada pelo Cruzeiro F.C. que começa mais uma disputa da divisão de acesso em agosto.

* por Rafael Fernandes de Souza, professor de História do C.Educ. 02 e do CEF 02 do Cruzeiro.

EDITORIAL

Os moradores do Cruzeiro Novo, em abaixo-assinado, dirigem-se ao Governador José Roberto Arruda para que ele elabore, celeremente e com participação da comunidade, uma Lei que regularize a situação urbanística de nossa cidade, principalmente com relação à legalização das grades de segurança que cercam os prédios residenciais. Somente assim poderá haver uma solução definitiva para as questões urbanísticas referentes ao Cruzeiro.
Na assembleia do dia 17 de junho, na presença de cem moradores, o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), Cássio Taniguchi, comprometeu-se em garantir que representantes da população do Cruzeiro Novo e do Cruzeiro Velho participem, com a equipe técnica daquela Secretaria, da elaboração do projeto urbanístico para o Cruzeiro. Estamos aguardando que a promessa do Secretário da SEDUMA se concretize.
Mas a população tem pressa. Estão em jogo as condições de vida dos moradores e proprietários de imóveis de ambos os bairros.
Fazendo a sua parte, os moradores reuniram-se, do dia 25/6 ao dia 30/6, e elaboraram propostas urbanísticas para o Cruzeiro Novo, que serão votadas na assembleia.
Desse modo, convocamos a todos para fazerem valer os seus direitos em assembleia de moradores, na terça-feira, 14 de julho, às 19h30m, no Auditório do Centro Educacional 02, na quadra 805. A Luta Faz a Lei!

RELATÓRIO FINANCEIRO

No Cruzeiro Novo, a Comissão de Mobilização do Movimento em Defesa do Cruzeiro tem em caixa R$ 160,00 (cento e sessenta reais) em espécie, fruto de doações de moradores para a sustentação do Movimento.

Assembleia do dia 17



Moradores compareceram à assembleia, dia 17 de junho, com a presença de membros do GDF.

Na assembleia dos moradores, o Secretário da SEDUMA, Cássio Taniguchi (em pé, à direita) convidou representantes do Movimento em Defesa do Cruzeiro para participarem da elaboração do projeto urbanístico com o corpo técnico da Secretaria – aguardamos o cumprimento da promessa.