quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Matéria veiculada no site da Adm.Regional

Invasão de áreas públicas
A ocupação das áreas públicas foi o tema da matéria do jornal Tribuna do Brasil no dia 11 de agosto de 2009 em entrevista concedida pelo Administrador do Cruzeiro João Roberto Castilho. Confira abaixo a entrevista:

A construção de grades e muros ao redor das residências no Cruzeiro, cidade que junto ao Plano Piloto constitui área tombada, divide opiniões quando o assunto é segurança pública e defesa do patrimônio histórico nacional. Para os moradores, grades e muros garantem a segurança das residências, mas para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as estruturas invadem áreas da União e violam as regras de ocupação urbana definidas no plano de tombamento da cidade.
Após ouvir as queixas dos moradores e os argumentos apresentados pelo Iphan, o governo do Distrito Federal entrou na briga para tentar solucionar o impasse e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação na Justiça foi movida pelo Iphan, que pediu a resolução imediata do problema.
Após ouvir sugestões apresentadas por membros da comunidade do Cruzeiro, o governador José Roberto Arruda prometeu a criação de um projeto de lei para padronizar a ocupação dessas áreas sem que haja abusos. O projeto é avaliado e após a criação será encaminhado para votação na Câmara Legislativa.
“O governador Arruda participou de uma reunião com os moradores e juntos nós decidimos elaborar um projeto de lei para regularizar a situação. O secretário de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente, Cássio Taniguchi, montou uma comissão para estudar o caso e avaliar a criação de um padrão de ocupação para que não haja exageros na utilização das áreas públicas”, explica o administrador do Cruzeiro, João Roberto Castilho.
Para o administrador, as grades e muros são utilizados para garantir a segurança dos moradores. “As grades estão ali porque são necessárias. Nenhum Estado tem condições de oferecer 100% de segurança a todos os seus cidadãos. Sou a favor da demolição das estruturas, desde que comecem pela orla do Lago Sul e outras localidades onde ocorrem problemas semelhantes ou piores do que o que ocorre no Cruzeiro”, defende Castilho.
O presidente da Associação de Moradores e Inquilinos do Cruzeiro Novo, Ismael Costa Júnior, concorda com o posicionamento do administrador e afirma que as construções já fazem parte do cotidiano dos moradores.
“A associação é contra a demolição das estruturas. Não recebemos nenhum benefício com o tombamento da cidade e o Cruzeiro não é exemplo de segurança pública. Com o crescimento da cidade aumentaram os casos de violência e hoje nós temos muitos moradores de rua espalhados pela cidade”, disse.
“Algumas dessas grades já têm mais de 30 anos e todos os prédios de órgãos públicos, como a CPmind, o Tribunal Regional e o Hospital do Cruzeiro possuem grades. Qual é a diferença entre o cercamento dessas áreas públicas e das áreas residenciais?”, indaga Ismael Costa Júnior, revelando que a contratação de vigias para realizar a segurança dos prédios é inviável, devido a questões financeiras.

FONTE: Jornal Tribuna do Brasil, a partir do site da Adm.Regional do Cruzeiro (18/08/2009 - 11:28)

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